quinta-feira, 31 de julho de 2014

a noiva de marília

"a noiva de marília" é uma lenda brasileira que encontrei ontem no blog noitesinistra e achei interessante para colocar também neste blog. aqui vai ela:


na estrada entre ourinhos e marília, existem duas serras. essa estrada foi remodelada em meados da década de 70, mas ainda hoje causa vários acidentes devido às suas curvas tortas e abismos.

em 1962, uma jovem marilianense estava para se casar. o casamento seria em ourinhos. no carro, um bel-air, estava ela, uma jovem felicíssima e o motorista era o seu cunhado que se dispôs a conduzir naquela importante data.
caiu a noite, na estrada velha, onde haviam curvas fechadas e estreitas e os abismos eram fatais. devido à humidade presente no solo, haviam deslizamentos de pedras, frequentemente para a estrada.
já com o seu vestido branco, a noiva dirigia-se feliz para o seu casamento. ao passar a primeira serra, surgiu um caminhão que invadiu a faixa contrária, para de desviar de uma barreira de pedras. como ambos estavam distraídos, na noite de lua cheia, não houve tempo para muita reação repentina e o cunhado da noiva fez um desvio brusco com o carro que saiu da estrada e caiu pelo penhasco. os dois morreram imediatamente.

à espera na catedral, o noivo mostrava-se impaciente, ligou para a casa dos sogros. atendeu a empregada, que não sabia do ocorrido. o homem pensou que a sua noiva tinha desistido dele e fugiu... foi então que pernoitou, desconsolado em ourinhos, com alguns convidados.
na manhã fria e nublada do dia seguinte, um carroceiro, que estava a passar pelo local, avistou, a cerca de 200 metros abaixo dele, um carro preto destruído. chamou a polícia rodoviária e poucas horas depois, o luto alastrou-se por ambas as famílias.

acredita-se que a noiva não deu conta da sua morte e sobe, durante todas as noites de agosto iluminadas pela lua cheia, para a estrada onde perdeu a vida e que aborda as pessoas que passam por ela, em busca de boleia para o seu casamento em ourinhos.
ao passar pela primeira serra entre ourinhos e marília, é possível ver uma jovem com as roupas sujas e aflita para pedir boleia. ninguém se atreve a parar... é assim que ela aparece subitamente num banco traseiro do veículo. ela não diz nada, nem se movimenta mas deixa o seu perfume floral escapar e a sua pele branca e os cabelos negros são bem visíveis; um frio toma conta do lugar. na curva que vem a seguir, ela desaparece imediatamente.
diversos camionistas aventuram-se a testar a sua sorte, com a tentativa de encontrar o fantasma da noiva.

adaptado de: noitesinistra

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