quinta-feira, 24 de julho de 2014

o conto de sarah


encontrei um conto de origem brasileira que achei interessante e por isso vou colocá-lo neste blog. segundo a lenda, uma rapariga chamada sarah, vivia com a sua família, no interior de são paulo. os seus passatempos eram as idas à missa e o estudo. pelo facto de ser uma miúda timida, muito séria e quieta, era alvo de gozo por parte de outras crianças que habitavam o mesmo bairro.

certo dia, sarah estava a regressar a casa, vinda de um mercado, quando foi avistada por um grupo de quatro meninos. maicon, o líder, resolveu fazer uma brincadeira que lhe parecia bastante divertida.
os meninos atiraram sarah a um lago. o problema é que ela não sabia nadar e os miúdos deram de caras com o seu cadáver a boiar na água. aterrorizados com o ocorrido, nenhum dos quatro meninos falou sobre o que tinha acontecido à garota, visto que tinham medo da reação das suas famílias, tanto de sarah, como as deles próprios.

pouco tempo depois, um pescador encontrou o corpo de sarah, após várias buscas feitas pela sua família. então, passaram-se anos e os meninos mudaram de bairro, mas tinham sonhos terríveis com sarah. todas as pessoas que iam ao lago, afirmavam ouvir o "choro de uma menina". maicon decidiu acabar com os pesadelos que tinha e reuniu-se com os seus amigos, que o ajudaram no seu plano anterior, para pedir desculpas a sarah, até porque ele sentia-se mais culpado do que os outros, sabendo que a menina não conseguia nadar e mesmo assim, não teve problemas em atirá-la à água.


cinco anos depois, os 4 meninos juntaram-se no lago onde sarah morreu e "oraram e pediram desculpas por tudo". contentes por se terem livrado do fantasma atormentador, decidiram ir a um bar para comemorar. durante a festa, maicon disse que tinha "uma dívida antiga a pagar" e saiu da taberna mais cedo do que os outros.
no outro dia, maicon foi encontrado morto à beira do lago. ele suicidou-se ao dar um tiro na sua própria cabeça. depois deste dia, nunca mais ninguém teve sonhos com a menina do lago, nem ouviram mais o seu choro.

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