sexta-feira, 4 de julho de 2014

creepypasta- respeita os teus pais

na postagem de hoje, vou colocar no blog uma creepypasta sob forma de diário que está bastante bem feita, na minha opinião, mas também um pouco previsível. está escrita em português do brasil, mas vou adaptar os termos e expressões para o português de portugal. vejam por vocês próprios:

03/04/1912
Entrei no meu quarto a bufar de raiva e ódio, eu sei que para alguém da minha idade não é normal sentir isso, mas ainda sim eu sinto, quem ela pensa que é para gritar comigo daquela maneira?  Ela acha-se a dona da razão, quer sempre estar certa e sempre a dar-me ordens, o meu pai, sim era um grande homem, mas desde que ele morreu, ela não faz outra coisa se não mandar em mim, queria fugir, e fico feliz por faltarem apenas dois anos para eu completar a maioridade e sair daqui.

06/04/1912
Bah. Odeio escrever neste diário, mas o meu professor disse-me que seria bom para eu colocar os meus pensamentos em algum lugar. Que raiva, hoje ela disse-me para eu ajudar nas tarefas domésticas, ela não vê que eu estudo e trabalho durante o período?  O que mais quer ela de mim?


08/04/1912
HAHAHA, ela disse-me que me ama e que se preocupa comigo, que só quer o meu bem.
P'ro inferno com isso, a única coisa que eu quero é sair um pouco da presença dela, vou até a biblioteca ler alguma coisa, afinal lá deve ser melhor do que estar aqui.


09/04/1912
Boa, encontrei um livro de espíritos, tem bastante coisas nele, até um ritual para libertar almas condenadas. A minha mãe diz que não quer que eu leia isso, tirou-me o livro e escondeu-o na estante. Eu sei que ele está lá é só uma questão de tempo até ela ir às compras, e me deixar aqui sozinho.


10/04/1912
Como sempre deixei-me levar pela empolgação, ontem fiz um ritual do livro, mas não dizia o que ele faz, apenas tinha o titulo de ”Criança triste”, envolvia velas, riscos no chão e essas coisas, mas foi apenas uma perda de tempo, a única coisa que consegui foi outro sermão dela que quando chegou das compras me viu com o livro nas mãos e fez-me limpar os riscos do chão, Megera.


11/04/1912
Porra, ela devolveu o livro para a biblioteca.  Tudo bem, aquela coisa nem sequer chegou a funcionar, não fiz nada de mais hoje então não tenho muito que escrever aqui, deixei leite a ferver no fogão, um copo de leite sempre me ajuda a dormir.


12/04/1912
Não acredito, ela bebeu o meu leite ontem à noite, já sabia, ela nunca me enganou com aquele olhar de boazinha, mas não a confrontei por causa disso, afinal quando eu fui ver o leite ele não estava lá. Sei que ela o bebeu, acho que foi por falta do leite que eu não consegui dormir bem ontem à noite.

17/04/1912
Chega, já fazem cinco dias que ela está a roubar o meu leite, vou tirar satisfações com ela afinal já fazem 5 dias que estou a ter pesadelos, acredito ser devido à falta de leite.


18/04/1912
Estranho, ontem a noite ela jurou que não bebeu o leite que fervia, e sei que ela estava a mentir, mas é como se uma parte de mim acreditasse nela, mas tenho problemas maiores agora, tem um buraco na parede que faz com que um ar muito gelado chegue ao meu pescoço durante a noite, mas o estranho é que durante o dia eu não encontro esse buraco. Amanhã eu procuro melhor, agora deixa-me ir preparar o meu leite.


20/04/1912
Já faz um dia que não escrevo nada, ainda estou a tentar esquecer e entender o que aconteceu na noite do dia 18, mais uma vez beberam o meu leite, e a minha mãe não estava em casa,  assustei-me com a situação e logo me convenci que algum gato deve ter entrado aqui e bebido o leite. Ao me preparar para dormir senti falta da segurança que a presença daquela mulher me fazia sentir, mas a minha mãe teve que dormir fora esta noite devido a negócios, melhor para mim, a presença dela dava-me segurança, mas também raiva. Mas então o inexplicável aconteceu, aquele vento gelado no meu pescoço fez-me acordar, ainda meio sonolento, rodei na cama e procurei pelo interruptor na parede. Ao acender a luz o vento gelado pára, e eu olho para o lado quando vejo uma jovem criança de cabelos loiros, olhos com bordas brancas e com o peito negro, com um singelo bigode de leite no seu rosto, ele aproximou-se de mim e ficou tão próximo que duas gotas do seu bigode de leite caíram na minha testa (o leite estava a ferver mas nem tive atenção) não sinto medo apenas um grande arrepio que percorre pela minha coluna. Ao chegar perto de meus ouvidos ele diz as seguintes palavras:    “se tu não a queres,  vou ficar com ela para mim”, numa voz tão inocente que chegava a assustar. E então eu acordei. Estava tonto, levantei-me e fui até à casa-de-banho, ao me ver ao espelho encontro duas marcas de queimadura em minha testa, ainda estava um pouco húmida, eu provei... Tinha sabor a leite.


21/04/1912
Finalmente estou tranquilo, a minha mãe volta hoje, é melhor não contar a ela o que aconteceu, afinal não quero que ela se preocupe comigo, quero-a apenas aqui para me dar segurança, e finalmente vou ter coragem para dormir de novo. Tenho tido muitos pesadelos onde estou sozinho numa casa abandonada e aquela criança aparece e começa a rir de mim.


22/04/1912
A minha mãe não chegou ontem, talvez ela se tenha atrasado, sei que ela vai chegar daqui a pouco.


30/04/1912
Já fazem nove dias desde que ela deveria ter chegado, ela só está um pouco atrasada, consegui voltar a dormir, mas tive muitos pesadelos onde estou sozinho numa casa abandonada, e aquela criança aparece e começa a rir de mim. Sinto falta da minha mãe.

31/04/1912
Recebi hoje uma carta de uma tia, ao abrir a carta não consegui conter as lagrimas e entrei em desespero, a minha mãe tinha cometido suicídio.
Na carta, a minha tia dizia para eu arrumar as minhas coisas e ir morar com ela, sentei-me em um canto e comecei a chorar. Senti-me responsável por ela cometer tal acto, fiquei em posição fetal a balançar para lá e para cá na parede até que sem querer bati com a cabeça na mesinha do corredor enquanto estava sentado, de um fundo falso caiu um livro, o livro dos espíritos. Junto com ele um bilhete, era a letra da minha mãe dizia:

Querido Luiz,
Quero que saibas que se faço isso é por que te amo, mesmo que não dês valor a esse amor eu sempre te amarei, já há dias venho sendo atormentada por uma estranha criança que só existe em meus sonhos, uma criança que eu sei que é real, eu sinto. Ela diz-me que vai te magoar, a menos que eu parta com ela, e eu prefiro morrer a ver-te magoado, não posso fazer isso perto de você e já suportei tempo de mais esse espirito que me segue em sonhos, sempre vigiarei por ti meu filho.
Com amor, Mamãe.

E no final do bilhete havia uma escrita quase que ilegível. Dizia:
ELA ESTA COMIGO AGORA.

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15/04/2012
Jaz faz um século que estou aqui sentado, esperando que minha mãe retorne, mas acho que ela não vai retornar, preciso de uma mãe, estou muito triste. Agora diz-me como anda o seu relacionamento com sua mãe? Vocês discutem muito? Se não a queres...



adaptado de: blog-estranhouniverso.

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