quinta-feira, 29 de maio de 2014

a professora emilia sagée


na postagem de hoje, vou falar sobre um relato acerca de uma possível manifestação de um doppelgänger, ocorrido com uma professora francesa, emilia sagée.

"doppelgänger" é o nome dado a um ser que consegue copiar a aparência física de uma pessoa. o termo surgiu das palavras alemãs "doppel" (duplo) e "gänger" (andante). no entanto, este caso pode não ser de um doppelgänger propriamente dito, mas de outro fenómeno conhecido como bicorporeidade.

este relato remonta a 1845, na livónia, onde se fala de uma instituição para jovens raparigas nobres, conhecido como colégio de neuwelcke. entre a comunidade dos professores, destacava-se uma mulher chamada emilie sagée, nascida em dijon, na frança. era conhecida, não só por ser bonita, mas também por ser uma pessoa inteligente, alegre, amigável, no entanto, um pouco tímida. os directores do colégio mostravam-se bastante satisfeitos com a sua forma sucessiva de ensino. mas havia uma face que ela não sabia esconder...


entre as alunas, gerou-se uma confusão acerca da professora: enquanto uma dizia que tinha visto emilia no local X, a outra aluna afirmava tê-la visto no local Y, na mesma ocasião, como por exemplo, passar por ela numa zona distante da referida anteriormente. este acontecimento foi considerado um equívoco por parte das alunas, no entanto, as aparências duplas da professora pela instituição continuavam a surgir e a intrigar as raparigas, até que estas foram contar o que tinham visto aos outros professores. porém, estes não lhes ligavam, pensando que não passava de uma brincadeira de mau gosto.

certo dia, emilia iniciou o seu dia a dar uma aula a uma turma de treze raparigas. até aí tudo normal... mas, quando emilia começou a escrever um texto no quadro-negro, as alunas conseguiam ver a sua professora em duplicado. e não foi um problema de visão por parte de uma rapariga, mas sim um relato de todas as 13 presentes na sala de aula... os dois "exemplares" de emilia escreviam no quadro e faziam os mesmos gestos, porém, apenas uma dela possuía o giz na mão e conseguia escrever, enquanto a outra apenas imitava os movimentos. mais tarde, algumas alunas foram a uma festa numa terriola local, mas uma delas precisou da ajuda da professora para abotoar o seu vestido por trás. quando se virou, viu duas professoras a abotoar o vestido. ela ficou tão assustada que desmaiou de imediato. viam-se também duas emilias a comer, quando apenas uma jantava. o seu duplo não tinha nem garfo nem faca nas mãos. as alunas e empregadas puderam testemunhas o que ocorreu.


o caso mais bem conhecido relacionado com a professora foi quando algumas alunas se encontravam numa sala de aula a ver emilia e escrever na secretária. porém, elas podiam ver, pela janela, a mesma professora a colher flores no jardim do pátio. a dado momento, ela saiu da poltrona, mas, pouco tempo depois, a sua figura surgiu outra vez sentada na poltrona. quando voltaram a olhar para a janela, viram a professora a apanhar as flores, mas com uns movimentos mais lentos. entretanto, duas alunas dirigiram-se à poltrona e uma delas tocou na aparição, onde sentiram uma textura semelhante a um tecido. a outra atravessou o corpo da figura com um movimento e depois, começou a desaparecer. com isso, a professora que estava a colher as flores voltou a mover-se de uma maneira mais normal.

os relatos foram dados a conhecer aos pais das alunas, que decidiram retirá-las da instituição neuwelcke, onde restaram apenas doze delas. por causa disso, os directores da escola foram obrigados a despedir emilia. quando recebeu essa notícia, emilia afirmou já ter sido despedida 19 vezes. depois de sair de neuwelcke, começou a morar numa casa da sua cunhada. os filhos, que notaram a estranha habilidade de emilia, afirmando que tinham duas tias emilias. mais tarde, mudou-se para a rússia e nunca mais se voltou a ouvir nada sobre ela.

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