na postagem de hoje, vou falar de um relato que teve origem em porto príncipe, no haiti, sobre um morto-vivo. não são os mortos-vivos que toda a gente pensa ser, daqueles com os dentes todos de fora, olhos caídos ou com os órgãos todos a saírem pelo corpo fora, mas sim de um bem mais simples do que se imaginava...
foi então que em 1936, na cidade já referida, um ser com um andar estranho, que vestia apenas uma roupa simples (ou andava nua) foi encontrado a caminhar para perto de uma fazenda que pertenceria ao seu pai. porém, o marido e o irmão do ser reconheceu-a como felícia felix-mentor, sua esposa, que tinha morrido em 1907. então, eles levaram-na para o hospital e o seu médico constatou que ela era surda, cega, muda, ria sem motivo, mas que podia reagir a picadas que lhe davam e mexia a cabeça agitadamente. a explicação mais plausível que o médico pode dar foi 'zombie'.
a partir daí, o caso começou a ser investigado por zora neale hurston que tirou uma fotografia ao morto-vivo e pensou que ela tivesse sido vítima dos bokors, uns feiticeiros da religião vodu que praticam tanto magia negra como magia benevolente. com a sua magia negra, têm o poder de reviver os mortos, e criar talismãs malignos.
numa entrevista, zora hurston comentou o seguinte, sobre o caso que investigou:
"A visão era terrível. Aquele rosto pálido com os olhos mortos. As pálpebras eram brancos ao redor dos olhos, como se tivessem sido queimadas com ácido .... Não havia nada que lhe pudesses dizer ou obter dela excepto ao olhar para ela, e perante esses destroços era demais para suportar durante muito tempo".
zora neale hurston, escritora e folclorista que investigou o caso de felicia felix-mentor.
desde então, nunca mais houve uma notícia sobre felícia e o que se sabe sobre ela hoje em dia, remonta ao passado.
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