segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Jogo macabro em Taiwan


Surgiu em Taichung, Taiwan, uma espécie de jogo que é feito nos hospitais, através de apostas, acerca do tempo de vida que resta a um determinado doente, com um câncro incurável. E não é um simples jogo onde as pessoas são desafiadas a ganhar uma pequena quantia: mais de 23 milhões de euros são envolvidos, só para vocês terem uma ideia.

Este jogo já existe há cerca de 60 anos e apresenta-se como uma organização de caridade para pessoas idosas. Até existem casas de casas de jogos próprias que desafiam os apostadores a determinar o tempo de vida restante de um paciente com câncro, que maior probabilidade tem de morrer dentro de um mês. E não são só umas pessoas quaisquer que participaram neste jogo, mas também os médicos e os familiares dos próprios parentes terminais.
Segundo a mídia local, os prognósticos médicos e os sinais vitais dos doentes terminais são acompanhados, pouco a pouco pelos jogadores.

Os organizadores das apostas também aparecem nos hospitais regularmente, para avisar os jogadores que em breve, será hora de pagarem a conta e de encerrar o caso.
O jogo é simples. Os jogadores têm de fazer uma aposta de, pelo menos, 40 euros (embora alguns até paguem mais) no caso de um paciente com câncro sobreviver. Se o paciente morrer dentro de um mês, o dinheiro apostado fica na conta do hospital. No entanto, se o paciente sobreviver, os valores dos prémios dos apostadores irão aumentar proporcionalmente a cada dia (ou semana) em que o doente se mantiver vivo.

Os apostadores até pedem a permissão das famílias dos pacientes com câncro para os colocar em jogo e prometem-lhes 10% da quantia, caso ele não sobreviva dentro de um mês. Algumas reportagens afirmam que a taxa de 10% é paga à família, mesmo se o paciente sobreviver, o que acaba por se tornar, para alguns, um jogo difícil de resistir, até mesmo para as famílias pobres que não têm dinheiro para pagar o funeral.
Em alguns casos, as famílias recebem um bónus dos organizadores do jogo, se disserem aos médicos para suspenderem os tratamentos que prolongam o tempo de vida.

Adaptado de: noitesinistra

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