segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Caso Berlet: A viagem ao planeta Acart


Eram 19:00h, o caminho longo da estrada começou a tornar-se cansativo. Após mais um dia de trabalho exaustivo, o tratorista da Prefeitura, Artur Berlet, regressava a caminho de Sarandi, no mês de Maio de 1958. Mas antes de completar os 18 km que ligavam Natalino à sede do município, Artur deparou-se com uma intensa luz vinda do meio de um mato. Curioso, atravessou a estrada e a barreira de arame farpado e viu um objeto redondo, com cerca de 30 metros de diâmetro. Sorrateiramente, dois vultos surgiram de dentro do objeto e um raio de luz forte ofuscou o tratorista, fazendo-o perder os sentidos. A partir daí, os familiares e amigos de Artur ficaram sem notícias dele durante 8 dias.

Segundo o relato posterior de Artur, ele tinha sido abduzido por extraterrestres por mais de uma semana, levado da Terra até a um planeta chamado Acart. Nos manuscritos de 422 páginas escritas a lápis, Artur descreve fatos históricos e científicos durante estes 50 anos. O caso tornou-se conhecido e recebeu o título de "Caso Berlet", que foi investigado por ufólogos do mundo inteiro. Segundo o manuscrito, Artur foi para ao planeta Acart, a 62 milhões de quilómetros de distância da Terra. Esta distância foi questionada por cientistas, que afirmam que seria impossível existir um planeta tão próximo da órbita terrestre. Artur conta que recuperou os sentidos, acordado numa cama diferente, com seres humanóides altos e claros que se movimentavam em seu redor. Dois deles levaram-no à porta de saída, onde observou, perplexo, a nave onde supostamente teria viajado, pousada num lugar estranho.

"Tive a impressão de que tinha perdido metade do meu peso e, ao mesmo tempo, de que os meus ombros aumentaram de volume".


Ele conta que quando balbuciou algumas palavras em dialeto alemão (muitas zonas no Rio Grande do Sul foram colonizados por imigrantes alemães e até os dias de hoje há o costume de falar a língua alemã), os seres entenderem a linguagem e começou a haver comunicação entre eles. Durante os 8 dias em que esteve no planeta, Artur descreve detalhes como cidades superpopulosas, a água "tão leve como um gás", os transportes locais e as armas utilizadas pelos habitantes, como os desintegradores e neutralizadores solares.
Segundo consta, o grande problema de Acart é a superpopulação e é por isso que eles estão de olho na Terra. Não com a intenção de a invadir, visto que "eles possuem um alto senso humanitário, são muito evoluídos e bem-intencionados". Os habitantes de Acart sabem que os terráquios irão destruir-se uns aos outros com as suas armas atómicas, o que não tardará muito e então, após a guerra, sem nenhuma possível prática de violência por parte deles, os acartianos invadirão a Terra. A radioatividade não é um problema para eles.

Segundo Artur, os neutralizadores solares, além de usados como armas, também são usados na medicina e na produção agrária. Quanto ao sistema de governo, Artur não sabe como classificá-lo. Disse ser uma mistura de sistemas com nomes diferentes e lá não existe uma moeda internacional. O planeta Acart é composto por um só país e a capital, uma metrópole onde Artur se encontrava, tinha cerca de 90 milhões de habitantes. Todos nesse país trabalham para a coletividade e têm um padrão de vida muito elevado.

Na viagem de regresso, Artur disse que teve de tomar uma pílula, igual para todos os tripulantes, para que dormisse nas "zonas de turbulência magnética" do espaço. A nave deixou-o num campo, a cerca de 5 quilómetros de Sarandi. Artur foi para casa e demorou uma semana para organizar as suas ideias sobre aquilo por que tinha passado e fazer desenhos e anotações. Após escrever à mão toda a aventura passada no outro planeta, Artur publicou o livro "Da Utopia à Realidade - Viagem real a outro planeta", com um prefácio e epílogo de dois importantes ufólogos. Esse livro só pode ser encontrado na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro e nas bibliotecas municipais de São Paulo e Curitiba. Há ainda alguns exemplares guardados por Ana Berlet, filha de Artur, que vive em Sarandi e tem um estúdio fotográfico, que ela usa para continuar a divulgar a história do pai, que faleceu em 1994, segundo fontes.


O assunto continua a causar polémica até aos dias de hoje, na comunidade científica. Existe muito sensacionalismo quanto ao respeito de aparições de OVNIs. "Aqueles fenómenos mais simples, que causam menos calafrios na mídia, geralmente são os mais intrigantes”, afirma o professor Álvaro Becker da Rosa, que ministra aulas de física na Universidade de Passo Fundo. Segundo ele, casos como os de Artur Berlet são os mais perturbadores.
"Esse homem veio com uma enxurrada de informações, afirmando que visitou outro planeta e hoje aos olhos da ciência podemos perceber que muito do que ele escreveu foi realmente descoberto anos mais tarde, como por exemplo, o silício monocristalino.

E acrescenta: “Artur Berlet era de origem muito humilde, semi-analfabeto e não seria capaz de ‘inventar’ os acontecimentos com a riqueza de detalhes descrita no livro."

Adaptado de: noitesinistra

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