quinta-feira, 7 de agosto de 2014

o mistério de taman shud


no primeiro dia de dezembro de 1948, às 6:30 da manhã, um homem foi encontrado morto na praia de somerton, na austrália. a sua identidade nunca foi descoberta, assim como os seus familiares ou o que o matou. este caso teria terminado se não fosse por um papel que foi escrito pelo homem.
um patologista classificou-o como britânico e deu-lhe entre 40 a 45 anos de idade e identificou todas as outras características físicas. no entanto, algo intrigou-o: ele estava com roupa social e porque alguém estaria vestido dessa maneira numa praia? isto ascendeu uma hipótese de possível suicídio.

quando o homem foi encontrado, ele estava com o braço direito dobrado e com o esquerdo esticado. ele tinha dois bilhetes (de comboio e autocarro), um cigarro atrás da orelha e um já usado perto do seu rosto, um maço de tabaco, um pente, uma caixa de fósforos/pastilhas elásticas.
segundo as testemunhas locais, o homem estava a passear pela praia desde as 8 horas da noite anterior e deitou-se no chão. como ele não parecia importar-se com o que se passava em redor dele, as testemunhas pensaram que ele poderia estar bêbado.

busto do homem feito pelas autoridades australianas, com a tentativa de confirmar a sua identidade.

uma autópsia foi feita e descobriram que a morte ocorreu por volta das 2 da manhã. os seus órgãos internos estavam alterados: o baço estava três vezes maior e a faringe, cérebro, rins e estômago estavam congestionados, levando à conclusão de que não foi uma morte espontânea. os especialistas garantiram que o homem não foi vitimado por um veneno, visto que não foi detectado nenhum que pudesse ser identificável. depois disto tudo, o caso correu o mundo, mas ninguém identificou o homem.

foi então que o papel com palavras escritas começou a ser investigado, afinal, foi graças a isso que o caso não morreu imediatamente.
dentro de um bolso das calças, tinha uma página arracanda com "taman shud" escrito, que significa "acabou" em persa. pertencia a um livro de poemas de omar khayyam, chamado "the rubaiyat". na parte de trás da folha, estavam cinco linhas de anotações. a segunda estava riscada, o que levou a pensar que pudesse ser algum tipo de código.


o livro ao qual pertencia a página foi encontrado num carro próximo à praia, que aparentemente, não tinha nenhum sinal de arrombamento. na verdade, o carro estava destrancado e pertencia a um poeta local que não sabia de nada do que tinha acontecido. no livro, estava escrito um número de telemóvel de uma enfermeira, que afirmou ter dado o mesmo livro a um tenente do exército, alfred boxall. as autoridades pensaram que o morto na praia pudesse ser alfred, mas o tenente foi encontrado vivo com o livro e a última página com "taman shud" escrito.
mas tanto a enfermeira, como o tenente, não sabiam quem era o homem falecido na praia. algumas perguntas ainda ficam no ar... o que é que as anotações feitas pelo homem queriam dizer? e como é que duas cópias tinham a mesma coisa escrita, com a letra idêntica?
ele foi enterrado no cemitério, com a lápide escrita "aqui jaz o homem desconhecido que foi encontrado na praia de somerton no dia 1 de dezembro de 1948".


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